Presença confirmada de Jefferson Sá, diretor presidente da Sunrise Community Counseling, localizada em Los Angeles, EUA.
Da assessoria/Acefb – Na manhã desta terça, 8, teve o lançamento do “1º Workshop Regional de Saúde Mental” no Café Acefb, organizado pela Associação Empresarial de Francisco Beltrão, com a presença sempre marcante da imprensa e de lideranças do município.
Participaram o enfermeiro e professor da Unipar, Alessandro Perondi, coordenador da Câmara Técnica de Saúde e Bem-estar do Condef – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Beltrão e Nádia Zanella, chefe da 8ª Regional de Saúde. O evento vai acontecer nos dias 29 e 30 de novembro, simultaneamente na Unioeste e na Unipar de Beltrão.
O workshop pretende fortalecer a capacidade diagnóstica e de enfrentamento a situações emergentes em saúde mental presentes no Sudoeste do Paraná. Devem participar profissionais de saúde dos 27 municípios da 8ª Regional (médicos, enfermeiros, odontólogos, nutricionistas, psicólogos) que prestam atendimento a pacientes com transtornos mentais, além de profissionais dos CAPS, da atenção ambulatorial especializada, das APAEs, do CRAS, da atenção hospitalar, do SAMU, pedagogos e professores do ensino fundamental dos 27 municípios da 8ª Regional. A expectativa é que participem 500 pessoas por dia no evento.
“Nós da Câmara Técnica levantamos os problemas que eram mais emergentes na área de saúde. E nos deparamos no início do ano com um problema extremamente grave que foi o surto este ano de dengue em Beltrão. Nos organizamos, junto com a Câmara Técnica de Educação e com as universidades e fizemos um mutirão para fazer o controle do mosquito transmissor da doença. Percebemos que os índices de infestação reduziram após essa ação”. Participaram mais de 240 acadêmicos com orientações junto à população.
Alessandro enfatizou que o segundo problema foi a questão da saúde mental no pós-pandemia da Covid-19. “Com a pandemia teve um avanço que foi um salto tecnológico. Descobrimos que o Brasil não tinha uma fábrica de máscara, importávamos tudo”.
E citou Eugênio Vilaça Mendes, estudioso da área da saúde, autor de livros que tratam da necessidade de promover mudanças tanto no modelo de atenção à saúde, quanto nos modelos de gestão e financiamento do sistema. “Ele fala que o momento em que vivemos é uma onda oculta, ou seja, as doenças crônicas estão aí, porque o foco era a pandemia. E aqueles pacientes que já tinha transtornos mentais sofreram muito com o isolamento social e o medo da transmissão da doença. Nesse contexto, percebemos um número maior de tentativas de suicídio, por exemplo”.
Nádia Zanella acrescenta que saúde mental não deve ser tratada com discriminação. É preciso ter um olhar do todo, do ambiente onde os pacientes estão inseridos – família e sociedade –, fazendo com que a saúde chegue até essas pessoas. “Quando o indivíduo está com plena saúde mental ele consegue lidar com as situações do nosso dia a dia. Precisamos parar, pensar, mas também agir. Precisamos preparar os profissionais de saúde para atender essas pessoas que trazem as consequências psicológicas da pandemia”.
Palestrante dos Estados Unidos
Está confirmada a presença de Jefferson Sá, diretor presidente da Sunrise Community Counseling, organização filantrópica que presta serviços de saúde mental às populações carentes de Los Angeles, estado da Califórnia, Estados Unidos. Ele vai palestrar sobre a “Saúde Mental em um sistema compreensível”.
Os organizadores do evento são a Câmara Técnica de Saúde e Bem-Estar do Condef, Prefeitura, 8ª Regional de Saúde, Hospital São Francisco, Acefb, Unipar, Unioeste e Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecóits.